Você já teve a sensação de estar sendo “sugado”?. Ou melhor, de estar esturricando? Mas não to falando de esturricar no sol... a beira mar... com brisa fresca, água de como e copitchos desfilando pela areia.
Tô falando de falta de umidade mesmo. De ar seco. Umidade tipo 20%. Sem dúvida, isso ainda é melhor que a situação dos nossos vizinhos mineiros - sofrendo com críticos 10% (abaixo dos índices registrados nos desertos). Mas sabe o que isso significa? Significa correr sem suar, lavar a cabeça e não precisar de secador para enxuga-la, acordar no meio da madrugada com a boca seca, ter dor de cabeça e moleza no corpo. Olhar no horizonte e enxergar embasado, por causa de uma névoa seca no ar. Respirar fundo e ter a impressão de ter dado uma boa fungada num monte de terra. Isso entre outras coisas.
Ai meu Deus! Vá lá que também não me agrada os 98% de umidade (insuportáveis) em que vivem os nossos companheiros amazonenses.... mas assim também está demais.
sábado, 29 de julho de 2006
quarta-feira, 19 de julho de 2006
Contrato pré-nupcial ou Cegonha?
Você sabe o que é um contrato pré-nupcial? Já imaginou fazer um? Uma aulinha rápida então: contrato (ou acordo) pré-nupcial é um documento onde o casal detalha como ficarão as finanças do marido e da mulher tanto durante o casamento quanto em caso de separação.
A princípio uma solução e tanto para o secular e ainda utilizado golpe do baú (será mesmo?). Mas o fato é que a solução ganhou novas funcionalidades. Num bate papo com amiga, uma delas prestes a se casar, o assunto surgiu entre a lista de providências a serem tomadas até o tão esperado “SIM”!
Além do enxoval, lista de convidados, igreja, lua de mel.... também era preocupação dos noivos delimitar as obrigações de marido e mulher. Sim, por que esse negócio de que “o amor vence tudo” passou a ter tanta credibilidade quanto a D.Cegonha e Sr.Papai Noel.
Uma série de itens seria acordada entre o casal - ele, administrador e ela, arquiteta e advogada. Tudo devidamente assinado e registrado em cartório; sujeito a multa e indenização em caso de quebra de acordo por uma das partes.
Além de estabelecer a separação de bens, devaneio ou não, a lista enfileirava itens como: quem pagaria o que; quantos filhos teriam; quem levaria as crianças para a escola; quem acordaria de noite para acalmar o choro do bebê; quantas vezes por semana o casal deveria fazer sexo; quando iriam discutir a relação; quem lavaria a louça em caso de ausência da secretária; quem dormiria no sofá depois da briga; quantas viagens deveriam fazer por ano; as datas que não poderiam passar sem presente; o grau de insanidade permitido durante a TPM; os dias reservados para o jogo de futebol... e por aí vai.
Claro que diante da explanação tão enfática da amiga, algumas perguntas não quiseram calar. Quem faria a contabilidade do sexo? Sexo ruim seria registrado como crédito ou débito? Quem seria responsabilizado em caso de uma produção excessiva de “hormônios assassinos” durante a TPM? Havia um valor mínimo para os presentes, tipo o que se faz nas confraternizações de empresa? Ou jóia e CD teriam o mesmo peso? Caso a chuva atrapalhasse o jogo de futebol da semana, o crédito seria cumulativo ou não?
O contrato exigia uma análise apurada de riscos externos e internos. Todas as situações imprevistas deveriam ser previstas para que ninguém saísse prejudicado. Mas, a única conclusão que se pode chegar é que não há como pactuar sentimentos e reações. Afinal, o Ser é humano.
Bem, elas preferiram acreditar na D. Cegonha e no Sr. Papai Noel. Acreditar também que nem todo começo pressupõe um fim. Afinal, de qualquer forma, com a lentidão da justiça brasileira, é menos trabalho "juntar os caquinhos".
A princípio uma solução e tanto para o secular e ainda utilizado golpe do baú (será mesmo?). Mas o fato é que a solução ganhou novas funcionalidades. Num bate papo com amiga, uma delas prestes a se casar, o assunto surgiu entre a lista de providências a serem tomadas até o tão esperado “SIM”!
Além do enxoval, lista de convidados, igreja, lua de mel.... também era preocupação dos noivos delimitar as obrigações de marido e mulher. Sim, por que esse negócio de que “o amor vence tudo” passou a ter tanta credibilidade quanto a D.Cegonha e Sr.Papai Noel.
Uma série de itens seria acordada entre o casal - ele, administrador e ela, arquiteta e advogada. Tudo devidamente assinado e registrado em cartório; sujeito a multa e indenização em caso de quebra de acordo por uma das partes.
Além de estabelecer a separação de bens, devaneio ou não, a lista enfileirava itens como: quem pagaria o que; quantos filhos teriam; quem levaria as crianças para a escola; quem acordaria de noite para acalmar o choro do bebê; quantas vezes por semana o casal deveria fazer sexo; quando iriam discutir a relação; quem lavaria a louça em caso de ausência da secretária; quem dormiria no sofá depois da briga; quantas viagens deveriam fazer por ano; as datas que não poderiam passar sem presente; o grau de insanidade permitido durante a TPM; os dias reservados para o jogo de futebol... e por aí vai.
Claro que diante da explanação tão enfática da amiga, algumas perguntas não quiseram calar. Quem faria a contabilidade do sexo? Sexo ruim seria registrado como crédito ou débito? Quem seria responsabilizado em caso de uma produção excessiva de “hormônios assassinos” durante a TPM? Havia um valor mínimo para os presentes, tipo o que se faz nas confraternizações de empresa? Ou jóia e CD teriam o mesmo peso? Caso a chuva atrapalhasse o jogo de futebol da semana, o crédito seria cumulativo ou não?
O contrato exigia uma análise apurada de riscos externos e internos. Todas as situações imprevistas deveriam ser previstas para que ninguém saísse prejudicado. Mas, a única conclusão que se pode chegar é que não há como pactuar sentimentos e reações. Afinal, o Ser é humano.
Bem, elas preferiram acreditar na D. Cegonha e no Sr. Papai Noel. Acreditar também que nem todo começo pressupõe um fim. Afinal, de qualquer forma, com a lentidão da justiça brasileira, é menos trabalho "juntar os caquinhos".
domingo, 16 de julho de 2006
Quando não é seu dia... não é seu dia mesmo.
Desde o acordar, já havia certa contrariedade no ar. Não queria voltar para casa ontem. Tinha ido para Maceió a trabalho e os planos eram ficar no fim de semana também. Rever os amigos, ficar um pouco mais de tempo com meus pais. Mas, não consegui remarcar a passagem. Aviões lotados. Reflexo de férias escolares. Para conseguir transferir a data da viagem teria de pagar mais de R$500,00 pela diferença de valor. Mais de R$1.000,00 estava custando o bilhete pela TAM. “Bendito” monopólio.
Sem muito o que fazer, e como não havia conseguido fazer o check-in pela Internet, preferi chegar no aeroporto com certa antecedência e garantir uma vaga na frente. A idéia era sair do avião o mais rápido possível e chegar em casa bem depressa. Vôo marcado para 15h30, às 13h40 estava com o bilhete na mão.. poltrona 1B. Primeira fileira, mais espaço. Excelente!
Mas... como aquele não era meu dia... não seria tão simples assim. Descobri que de nada adiantou me adiantar. A começar pelo atraso no embarque, que só aconteceu às 16h17. Engraçado é que nem mesmo haviam anunciado o embarque e o painel do aeroporto já informava: vôo 3577 – Brasília - Ultima chamada.
Quando chamada, fui me encaminhando ao avião. Antes de entrar, constatei mais uma vez que o glamour dos ares não é mais o mesmo. A recepção era feita por um comandante barrigudo e aeromoças com a maquiagem tão carregada que poderiam participar dos desfiles excêntricos da Fashion Week. Sem falar no cabelo repleto de “goma” (laquê? gel?...Sei lá o que!)
Ao entrar no avião, vi que havia um indivíduo no meu lugar. – “Moço, este é meu lugar”. Tratava-se de um casal “cara de pau” com um bebê de colo. – “Você se importaria de trocar de lugar? É que estamos com a neném... blá, blá, blá.”
Crianças sempre nos tocam e os pais deviam ser processados por usá-las em próprio proveito. Sem pensar muito bem, aceitei. – “Mas em que lugar devo sentar”? – “Pode ser no 22D”.
Não podia ser tão ruim assim (pensei). Respirei fundo e fui caminhando lentamente pelo corredor. O número 22 não chegava e percebia que estava cada vez mais distante de sair rápido daquele avião. Percebi também que a letra “D” referia-se aos acentos do meio. A raiva foi aumentando. Entre quem eu sentaria? Seria esmagada?
Final do corredor. Isso mesmo, os acentos 22 eram os últimos do avião. PQP! PQP mil vez! E pra completar... havia alguém sentado no tal 22D. A aeromoça Joyce estava em pé e me dirigia a ela. – “Acho que temos um problema”. Expliquei o fato. Estava com tanta raiva que falava manso e baixinho. Muito simpática ela sugeriu o acento 22B, mas esclareceu que eu não era obrigada a fazer a troca e que ela poderia pedir para que o casal voltasse para sua poltrona. Pensei na criança, no vôo que já estava atrasado e no fato de não estar disposta à encrenca. “Bendita” educação familiar!
O fato é que troquei a primeira poltrona pela última! Bela troca! Mas o pior estava ainda por vir. Depois de me acomodar, percebi que estava num “ônibus leito com asas”. Olhei para o lado, não haviam janelas. Nem uma chance de ver o céu para aliviar minha raiva contida. Num lamento... abaixei a cabeça. Um buraco no braço que dividia as duas poltronas, o chão sujo de migalhas e papéis me desanimaram mais ainda. Ergui a cabeça, respirei fundo.... e... veio então aquele cheiro desagradável do banheiro. E eram dois... bem ali, a pouco mais de 1m de distância.
Fechei os olhos, tentando me abstrair daquela situação. Mas, ao ligar o motor da aeronave.... não acreditei... estava sentado sobre ele. Barulho ensurdecedor. Quando o avião começou a se mover, as aeromoças saíram apressadas fechando os bagageiros superiores. Situação no mínimo estranha!
Será que aquilo poderia piorar? Poderia sim! Nos cinco primeiros minutos o passageiro a minha frente reclinou sua poltrona. Um palmo era a distância que faltava para encostar no meu nariz. Aos poucos a situação começou a ganhar proporções. Percebi que tranqüilidade era tudo que não teria naquele vôo. O entra e sai de pessoas no banheiro era constante. Além do trânsito, algumas se encostavam à minha poltrona, quase sentadas ao meu colo, enquanto esperavam o banheiro desocupar. Sem falar que ali era também a copa onde as aeromoças arrumavam as refeições que seriam distribuídas durante o vôo.
E foi assim durante as quase 2h15 de viagem naquele “ônibus com asas”. Pela primeira vez me arrependi de manter a fidelidade àquela companhia aérea. Desde o check-in (pela falta de informações) até a restituição demorada da bagagem. É nessas horas que sinto falta da concorrência de mercado. Será que reclamar adianta?
Sem muito o que fazer, e como não havia conseguido fazer o check-in pela Internet, preferi chegar no aeroporto com certa antecedência e garantir uma vaga na frente. A idéia era sair do avião o mais rápido possível e chegar em casa bem depressa. Vôo marcado para 15h30, às 13h40 estava com o bilhete na mão.. poltrona 1B. Primeira fileira, mais espaço. Excelente!
Mas... como aquele não era meu dia... não seria tão simples assim. Descobri que de nada adiantou me adiantar. A começar pelo atraso no embarque, que só aconteceu às 16h17. Engraçado é que nem mesmo haviam anunciado o embarque e o painel do aeroporto já informava: vôo 3577 – Brasília - Ultima chamada.
Quando chamada, fui me encaminhando ao avião. Antes de entrar, constatei mais uma vez que o glamour dos ares não é mais o mesmo. A recepção era feita por um comandante barrigudo e aeromoças com a maquiagem tão carregada que poderiam participar dos desfiles excêntricos da Fashion Week. Sem falar no cabelo repleto de “goma” (laquê? gel?...Sei lá o que!)
Ao entrar no avião, vi que havia um indivíduo no meu lugar. – “Moço, este é meu lugar”. Tratava-se de um casal “cara de pau” com um bebê de colo. – “Você se importaria de trocar de lugar? É que estamos com a neném... blá, blá, blá.”
Crianças sempre nos tocam e os pais deviam ser processados por usá-las em próprio proveito. Sem pensar muito bem, aceitei. – “Mas em que lugar devo sentar”? – “Pode ser no 22D”.
Não podia ser tão ruim assim (pensei). Respirei fundo e fui caminhando lentamente pelo corredor. O número 22 não chegava e percebia que estava cada vez mais distante de sair rápido daquele avião. Percebi também que a letra “D” referia-se aos acentos do meio. A raiva foi aumentando. Entre quem eu sentaria? Seria esmagada?
Final do corredor. Isso mesmo, os acentos 22 eram os últimos do avião. PQP! PQP mil vez! E pra completar... havia alguém sentado no tal 22D. A aeromoça Joyce estava em pé e me dirigia a ela. – “Acho que temos um problema”. Expliquei o fato. Estava com tanta raiva que falava manso e baixinho. Muito simpática ela sugeriu o acento 22B, mas esclareceu que eu não era obrigada a fazer a troca e que ela poderia pedir para que o casal voltasse para sua poltrona. Pensei na criança, no vôo que já estava atrasado e no fato de não estar disposta à encrenca. “Bendita” educação familiar!
O fato é que troquei a primeira poltrona pela última! Bela troca! Mas o pior estava ainda por vir. Depois de me acomodar, percebi que estava num “ônibus leito com asas”. Olhei para o lado, não haviam janelas. Nem uma chance de ver o céu para aliviar minha raiva contida. Num lamento... abaixei a cabeça. Um buraco no braço que dividia as duas poltronas, o chão sujo de migalhas e papéis me desanimaram mais ainda. Ergui a cabeça, respirei fundo.... e... veio então aquele cheiro desagradável do banheiro. E eram dois... bem ali, a pouco mais de 1m de distância.
Fechei os olhos, tentando me abstrair daquela situação. Mas, ao ligar o motor da aeronave.... não acreditei... estava sentado sobre ele. Barulho ensurdecedor. Quando o avião começou a se mover, as aeromoças saíram apressadas fechando os bagageiros superiores. Situação no mínimo estranha!
Será que aquilo poderia piorar? Poderia sim! Nos cinco primeiros minutos o passageiro a minha frente reclinou sua poltrona. Um palmo era a distância que faltava para encostar no meu nariz. Aos poucos a situação começou a ganhar proporções. Percebi que tranqüilidade era tudo que não teria naquele vôo. O entra e sai de pessoas no banheiro era constante. Além do trânsito, algumas se encostavam à minha poltrona, quase sentadas ao meu colo, enquanto esperavam o banheiro desocupar. Sem falar que ali era também a copa onde as aeromoças arrumavam as refeições que seriam distribuídas durante o vôo.
E foi assim durante as quase 2h15 de viagem naquele “ônibus com asas”. Pela primeira vez me arrependi de manter a fidelidade àquela companhia aérea. Desde o check-in (pela falta de informações) até a restituição demorada da bagagem. É nessas horas que sinto falta da concorrência de mercado. Será que reclamar adianta?
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