Você sabe o que é um contrato pré-nupcial? Já imaginou fazer um? Uma aulinha rápida então: contrato (ou acordo) pré-nupcial é um documento onde o casal detalha como ficarão as finanças do marido e da mulher tanto durante o casamento quanto em caso de separação.
A princípio uma solução e tanto para o secular e ainda utilizado golpe do baú (será mesmo?). Mas o fato é que a solução ganhou novas funcionalidades. Num bate papo com amiga, uma delas prestes a se casar, o assunto surgiu entre a lista de providências a serem tomadas até o tão esperado “SIM”!
Além do enxoval, lista de convidados, igreja, lua de mel.... também era preocupação dos noivos delimitar as obrigações de marido e mulher. Sim, por que esse negócio de que “o amor vence tudo” passou a ter tanta credibilidade quanto a D.Cegonha e Sr.Papai Noel.
Uma série de itens seria acordada entre o casal - ele, administrador e ela, arquiteta e advogada. Tudo devidamente assinado e registrado em cartório; sujeito a multa e indenização em caso de quebra de acordo por uma das partes.
Além de estabelecer a separação de bens, devaneio ou não, a lista enfileirava itens como: quem pagaria o que; quantos filhos teriam; quem levaria as crianças para a escola; quem acordaria de noite para acalmar o choro do bebê; quantas vezes por semana o casal deveria fazer sexo; quando iriam discutir a relação; quem lavaria a louça em caso de ausência da secretária; quem dormiria no sofá depois da briga; quantas viagens deveriam fazer por ano; as datas que não poderiam passar sem presente; o grau de insanidade permitido durante a TPM; os dias reservados para o jogo de futebol... e por aí vai.
Claro que diante da explanação tão enfática da amiga, algumas perguntas não quiseram calar. Quem faria a contabilidade do sexo? Sexo ruim seria registrado como crédito ou débito? Quem seria responsabilizado em caso de uma produção excessiva de “hormônios assassinos” durante a TPM? Havia um valor mínimo para os presentes, tipo o que se faz nas confraternizações de empresa? Ou jóia e CD teriam o mesmo peso? Caso a chuva atrapalhasse o jogo de futebol da semana, o crédito seria cumulativo ou não?
O contrato exigia uma análise apurada de riscos externos e internos. Todas as situações imprevistas deveriam ser previstas para que ninguém saísse prejudicado. Mas, a única conclusão que se pode chegar é que não há como pactuar sentimentos e reações. Afinal, o Ser é humano.
Bem, elas preferiram acreditar na D. Cegonha e no Sr. Papai Noel. Acreditar também que nem todo começo pressupõe um fim. Afinal, de qualquer forma, com a lentidão da justiça brasileira, é menos trabalho "juntar os caquinhos".
quarta-feira, 19 de julho de 2006
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Sou a favor da cegonha!!!!Acho válida a discussão, só assim se pode ter a idéia de como será a inemaginável vidinha de casado!!!
ResponderExcluirMas registro em cartório e multas!!! só se for muitos beijinhos e carinhos sem ter fim!
Fab, amei você ter voltado a escrever. Adoro como você coloca no papel as situações da vida...
Pros noivos desejo muitas felicidades, eles sabem disso!!!
Pra tu, muitas histórias!!!
beijos
carol