Os finais de semana de clausura em sala de aula têm ensinado muito mais que gestão de projetos empresariais. Alguém ai já parou pra pensar o quanto há de planejamento e estratégia no dia-a-dia? Um exemplo clássico é o namoro. Vejamos...
Insatisfeita, você está prestes a terminar um relacionamento de loooonga data, praticamente um projeto de vida – a dois. Analisa os prós e contras para ter certeza de que está tomando a decisão certa, afinal, foram meses, anos de investimento.
O ‘projeto’ tinha como objetivo ficar ao lado do ‘criaturo’ por bons anos, tendo como ‘premissas’: filhos, um apartamento bacana ou uma casa ecologicamente correta, com cachorro, muito verde e há uma distância saudável de sogra e demais agregados. Casamento não era necessariamente uma ‘premissa’, nos tempos onde quase tudo está do avesso, se adequava melhor no campo das ‘restrições’ ou, porque não, dos ‘riscos’.
Embora o ‘planejamento’ tenha sido feito atropeladamente, em virtude do fator ‘paixão’, as ações caminhavam para o alcance do objetivo final do ‘projeto’. Algumas delas adiantadas em relação ao tempo, como ter uma escova de dente dele no seu banheiro ou camisas no guarda-roupa, outras um tanto atrasadas, como conciliar os horários de sono, e outras... Xiiii... Totalmente paradas, como discutir o relacionamento (Atenção! Esse é um dos principais fatores de risco para projetos dessa natureza).
Mas, apesar de alguns perrengues, inerentes a todo e qualquer projeto, tudo caminhava bem, até... Você perceber que as ações começavam a fugir do ‘escopo’ original. Com o tempo surgiam ‘restrições’, que não haviam sido identificadas, ameaçando o alcance das ‘metas’.
Alguns ‘produtos’ já davam sinais de escassez, como a paciência, ao ver a zona que ele fazia pela casa; a disposição, para fazer o café da manhã todo santo dia; o bom humor, para rir das tiradas sem graça que ele soltava, insistentemente, enquanto você tentava um diálogo sério. Outros ‘agentes’ surgiam influenciando o ‘ambiente organizacional’, como o tédio, quando você estava com seus hormônios em plena produção e ele no ápice do sono; a frustração, quando ele não elogiava ou se quer mencionava seu modelito ou perfume novo; ou mesmo a fúria, ao perceber que não estava sendo ouvida sobre algo que você considerava importante.
O que fazer? Tenta ‘realinhar’ as diretrizes com os ‘steakholder’? Não seria isso apenas falta de ‘assistência técnica especializada’? Mas nesse caso, bastaria então deixar clara sua insatisfação com o serviço e acordar os critérios de qualidade, ao menos que o problema fosse realmente, falta de qualificação profissional.
O que acaba prejudicando boa parte dos ‘projetos’ é, juntamente, falhas na análise dos ‘indicadores’. Por inexperiência ou distração muitos se esquecem de fatores como, o ambiente, o mercado e os desejos do seu cliente.
A bronca toda começa no ambiente externo. Alguns ‘steakholder’ - os hormônios - são culpados pela duração de apenas dois anos de uma paixão, e poucas pessoas levam isso em conta na hora do ‘planejamento’.
Não é balela... Uma equipe de cientistas da universidade de Pisa (Itália) estudou o comportamento dos hormônios em uma relação amorosa e comprovou que o desejo desaparece após dois anos de relacionamento. Enquanto no início da relação é abundante um elemento químico chamado neurotrofina, que provoca o desejo, com o passar do tempo a quantidade dessa substância diminui, e ela é substituída por um hormônio denominado oxitocina, que consolida os sentimentos mais duráveis de amor e de compromisso.
Mas até o sujeito perceber isso, já despachou seu ‘cliente’ por achar que ele não estava mais adequado ao projeto. Outro erro comum! A satisfação do ‘cliente’ deve ser o foco do projeto, sem ‘cliente’ não há projeto.
Caaaalma! Isso não tem nada a ver com falta de amor próprio. Mas acontece que projetos dessa natureza têm uma peculiaridade: cliente e fornecedor se misturam em uma troca de papéis constante. Por isso, não adianta olhar apenas para o próprio umbigo. Influenciado pelo ambiente, mercado e tantas outras variáveis, o comportamento e desejos do ‘cliente’ mudam, assim como os seus também, lembre-se sempre disso!
Desta forma, ou você entra com um ‘plano de contingência’ para controlar as ‘mudanças’ e minimizar os ‘riscos’ ou, minha filha, finaliza logo e passa pra outro! Só não vale continuar investindo quando o ‘escopo’ está totalmente comprometido.
Aí é que a porca torce o rabo. É preciso analisar: 1) Recursos – quanto você já investiu e se vale a pena continuar investindo, 2) Tempo – veja se os ‘steakholder’ dispõe de mais tempo para fazer a redefinição de escopo e operacionalizar as mudanças, 3) Metas – os novos investimentos e o realinhamento irão levá-la ao objetivo do projeto ou esse é mesmo um caso perdido?
Em muitos casos encerrar o ‘projeto’ é mesmo a melhor opção. Com o tempo, as mudanças de ambiente e mercado lhe mostram que a decisão não poderia ter sido mais acertada. Em outros... Você percebe que foi precipitada e não soube ‘gerenciar a crise’. A conseqüência disso é uma dor de cotovelo tremenda, noites de insônia e uma sensação incrível de estupidez, ao menos que você tenha um botãozinho ‘liga/desliga’ para paixonite.
Mas em qualquer caso, cuidado! Porque muitas vezes o ‘projeto’ termina, mas você esquece-se de encerrá-lo. É... Dar baixa, colocar na pasta de ‘concluídos’ e deixar isso bem claro para todos os ‘steakholder’. Como fazer? Despache o que estava nas gavetas e pequenos objetos espalhados pela casa, coloque as fotos e e-mails na pasta de ‘arquivos mortos e enterrados’ ou simplesmente os delete. Isso só pra começar. Cada projeto requer um processo.
Essa fase é importantíssima, porque como tudo que não é finalizado toma tempo, você acaba sem conseguir gerir os novos projetos com a qualidade necessária.
Mas, como o ‘steakholder’ coração é um sujeito muito dissimulado, que insiste em passar a perna na companheira razão, é bom estar atenta a alguns detalhes: se você ouve certa música e ainda bate melancolia, se está prestes a sair com um homem maravilhoso e o ‘finado’ surge na lembrança, se você anda pela rua e imagina que a qualquer hora poderá encontrá-lo ou ainda, se o telefone toca e você pensa logo nele... Tome sérias providências!
Se todas essas situações acontecem e o ‘finado’, continua enterrado... Seu ‘projeto’ foi realmente finalizado. Não adianta, só chega ao fim quando acaba.
sábado, 26 de maio de 2007
quarta-feira, 23 de maio de 2007
A exceção da regra
Que as mulheres se apaixonam rapidamente e que os homens têm uma facilidade maior ainda de se ‘desapaixonar’, isso não é novidade. Afinal, são características milenarmente conhecidas e amplamente massificadas como heranças genéticas imutáveis. Bobagem!
Novidade mesmo foi conhecer uma mulher que reúne esses dois ‘genes’; que na medida em que se apaixona, desapaixona também. Sem complicações e, o melhor de tudo, indolor. Senhoras e senhores, é um caso digno de estudo.
Meninas morram de inveja... Ela não derrama lágrimas, não se descabela, não afoga as mágoas em caixas de chocolate ou litros de sorvete. Simplesmente vira a página. É como se houvesse um botãozinho ‘liga/desliga’ na área cerebral que cuida dos assuntos relacionados à ‘paixonite’. Basta um piscar de olhos e... Pronto! Tudo fica resolvido! Casa limpa, pronta para o novo hóspede!
Quem não a conhece pode precipitar o julgamento e dizer que a ‘galega’, na sua condição de loira, tem o coração gélido, criado pra fazer estragos. Mas quem disse?!...Acho que é mesmo o tal do botãozinho (será que vem de fábrica?). Porque ignorando todas as regras da prudência e das complicações femininas ela mergulha de cara, como quem está saboreando o último pedaço de um bolo de chocolate. E quando esse bolo acaba... Pode até espernear, mas, no final das contas, que importa? Ao menos ela provou!
Essa mulher existe? Bem, não dizem por aí que pra cada regra há uma exceção? Então, se ela não é doida, é o caso 0,00000000001 de 1 zilhão.
Novidade mesmo foi conhecer uma mulher que reúne esses dois ‘genes’; que na medida em que se apaixona, desapaixona também. Sem complicações e, o melhor de tudo, indolor. Senhoras e senhores, é um caso digno de estudo.
Meninas morram de inveja... Ela não derrama lágrimas, não se descabela, não afoga as mágoas em caixas de chocolate ou litros de sorvete. Simplesmente vira a página. É como se houvesse um botãozinho ‘liga/desliga’ na área cerebral que cuida dos assuntos relacionados à ‘paixonite’. Basta um piscar de olhos e... Pronto! Tudo fica resolvido! Casa limpa, pronta para o novo hóspede!
Quem não a conhece pode precipitar o julgamento e dizer que a ‘galega’, na sua condição de loira, tem o coração gélido, criado pra fazer estragos. Mas quem disse?!...Acho que é mesmo o tal do botãozinho (será que vem de fábrica?). Porque ignorando todas as regras da prudência e das complicações femininas ela mergulha de cara, como quem está saboreando o último pedaço de um bolo de chocolate. E quando esse bolo acaba... Pode até espernear, mas, no final das contas, que importa? Ao menos ela provou!
Essa mulher existe? Bem, não dizem por aí que pra cada regra há uma exceção? Então, se ela não é doida, é o caso 0,00000000001 de 1 zilhão.
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