quarta-feira, 7 de abril de 2010

Qual o seu entendimento sobre a vida?

Esse começo de mês, em que milhares de católicos comemoram a ressurreição de Cristo, foi propicio para refletir sobre um tema que divide famílias e povos - religião.

Em todos os cantos do Brasil vimos (e sempre veremos) manifestações de fé que dispensam explicações racionais. São pessoas que defendem sua religião, preocupadas com rituais que possam garantir uma vida feliz, com obediência ao Criador. Mas, de fato, o que importa: ter uma religião ou ser religioso?

Um autor norte americano diz que “à medida que os seres humanos crescem em disciplina, amor e experiência de vida, sua compreensão do mundo e seu lugar nele crescem naturalmente no mesmo ritmo. Se eles não desenvolvem essas qualidades, não evoluem e não adquirem esse conhecimento. Conseqüentemente, entre os membros da raça humana, existe uma grande variedade de amplitude e entendimento do significado da vida. Esse entendimento é nossa religião”.

À primeira vista, os mais fervorosos podem repudiar essa idéia - de religião como entendimento do significado da vida - julgando tratar-se de uma apologia ateísta. Um engano natural, pois nossa mente foi treinada para compreender a religião como uma seita regida por um líder Supremo e nós... seus seguidores passivos.

Acontece que, se observarmos atenciosamente, o que o Cristo, ícone incontestável da religiosidade, conhecido não apenas por católicos, mas por espíritas, budistas, judeus, hinduístas, etc., não defendia uma religião. O Mestre pregou e vivenciou uma ideologia, que tinha o amor ao próximo como lei maior.

Não quero dizer com isso que devemos destruir todos os templos. Absolutamente não! A religião, com todas as suas segmentações, ainda é um suporte necessário a nós, espíritos cegos e ainda vacilantes. Mas creio que o crescimento espiritual, de fato, é uma viagem de conhecimento e não de fé (cega). O que a humanidade precisa é encarar a viagem interior em busca do autoconhecimento, da divindade que existe em nós, a ponto de vencer o que nos faz azedar por dentro. Se todos os homens adotassem em suas ações (não apenas verbalizações) apenas um dos conselhos do Cristo - amar ao próximo - não precisaríamos de tantas religiões que “conduzem a Deus”. Por enquanto, nosso desafio é entender o que significa esse amor.

Um comentário:

  1. A religião é apenas a ferramenta, o veículo condutor, que escolhemos para chegar a algo que já está dentro de nós. A presença de Deus está muito mais em nossos pensamentos e ações do que no templo que escolhemos frequentar. Quanto ateus têm muito mais bondade do que outros que se prendem aos dogmas pregados por algumas ou todas as religiões. A prática do bem é o exercício da presença divina, mesmo que não queiramos ou não nos damos conta disso... Para mim, o respeito às escolhas dos outros e aos pensamentos de cada um já é uma boa "religião" a ser seguida... Cada um tem o seu tempo, cada qual age da sua maneira... e a religião é apenas um detalhe...

    Beijocas, amiga...

    Parabéns por mais um belo texto!!!

    Isis Correia

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