Ontem foi dia de pedal com meu amigo Tavares. E vejam só... como combinado, chegamos em casa antes das 9h da manhã. Incrivelmente, surpreendentemente, deu certo! Chegamos na hora. Fizemos o programado. Sem aventuras, sem esticadas, sem... sem... sem... sem... muitas linhas para contar, sem emoção. Foi tão comum.
Mas tudo bem, assumo minha culpa. Eu tinha de trabalhar às 10h e, num ato de piedade cristã, eles se sacrificaram para que euzinha não corresse o risco de levar um escracho do – salve salve – diretor.
Fomos em quatro: Tava, eu, Adriano e Rommel, que, quase aposentado, resolveu tirar as teias de aranha da bike - a filhota - e justificar o peço da magrela. O amigo não decepcionou... nem fez feio na ladeira. Tudo bem que “acompanhar a Fabí” foi a desculpa perfeita para não encarar o ritmo. Mas valeu... por acordar cedo e por não pedir "colinho". Foi um regresso bem vindo.
Na volta, o encontro com alguns companheiros de aventura, entre eles, Alfredo e Jackson. Dizem as más línguas que eu sofri, descaradamente, um assédio. Mas ó quêeee... Aldredo, 9 quilos mais magro e treinando muuuito, estava apenas me mostrando suas coxas (e que coxas) agora depiladas. É... depois de ficar em 2º lugar no circuito de ciclismo, o negócio começou a ficar sério. A última lembraça que tinha dessa cena era a de ex-namorado, nadador, que por uns tempo decidiu entrar no sacrifício da "raspagem" para tentar melhorar o tempo na piscina. E eu, tão boazinha, dei uma forcinha... sugerindo a ele e depilação com cera, muito mais duradoura. Ô dó!!!
Quanto ao Pinho e Amorim... xiiiii...
domingo, 20 de março de 2005
quarta-feira, 16 de março de 2005
Decifrando
Solidão não é a falta de gente
para conversar, namorar,
passear ou fazer sexo...
- isso é Carência.
Solidão não é o sentimento
que experimentamos
pela ausência de entes queridos
que não podem mais voltar...
- isso é Saudade.
Solidão não é o retiro voluntário
que a gente se impõe as vezes,
para realinhar os pensamentos...
- isso é Equilíbrio.
Tampouco é o claustro involuntário
que o destino nos impõe compulsoriamente
para que revejamos a nossa vida...
- isso é um Princípio da Natureza.
Solidão não é o vazio de gente
ao nosso lado...
- isso é Circunstância.
Solidão é muito mais que isto...
Solidão
é quando nos perdemos de nós mesmos...
e procuramos em vão pela Alma que somos.
para conversar, namorar,
passear ou fazer sexo...
- isso é Carência.
Solidão não é o sentimento
que experimentamos
pela ausência de entes queridos
que não podem mais voltar...
- isso é Saudade.
Solidão não é o retiro voluntário
que a gente se impõe as vezes,
para realinhar os pensamentos...
- isso é Equilíbrio.
Tampouco é o claustro involuntário
que o destino nos impõe compulsoriamente
para que revejamos a nossa vida...
- isso é um Princípio da Natureza.
Solidão não é o vazio de gente
ao nosso lado...
- isso é Circunstância.
Solidão é muito mais que isto...
Solidão
é quando nos perdemos de nós mesmos...
e procuramos em vão pela Alma que somos.
sexta-feira, 11 de março de 2005
Caríssimos
Sou uma mulher alforriada!
Hoje é meu último dia no jornal.
Nesses últimos dois meses nada me fez tão feliz quanto pedir demissão.
Os motivos... são impublicáveis. Mas, basta dizer que retomarei minha vida, minha qualidade de vida e minha 'personalidade'... que tava tipo a do Gato, na tira.
Aos amigos que torceram e aconselharam... e compreenderam...
Muuuuito obrigada. Amo vocês!
Sou uma mulher alforriada!
Hoje é meu último dia no jornal.
Nesses últimos dois meses nada me fez tão feliz quanto pedir demissão.
Os motivos... são impublicáveis. Mas, basta dizer que retomarei minha vida, minha qualidade de vida e minha 'personalidade'... que tava tipo a do Gato, na tira.
Aos amigos que torceram e aconselharam... e compreenderam...
Muuuuito obrigada. Amo vocês!
segunda-feira, 7 de março de 2005
Os bandeirantes
Domingão, despertador toca. Mais pra lá do que pra... tentava recapitular a noite anterior. Realidade ou apenas um sonho. Huummm verdade! Que merda! Que droga! Bati o carro e quebrei o portão da garagem.
“Meu domingo tá acabado”. Não pelo carro, que ficou inteiro, mas pela sensação de ser uma porcaria. Como alguém, sóbria, consegue acertar o portão da própria casa?
Providência do dia: desmarcar a trilha com o Tavares e esperar que Seu Gerson venha consertar o estrago do portão.
Fazer o que? Ler um livro, abrir os mails, dar uns telefonemas... esperar o tempo passar. Tudo na mais tranqüila normalidade domingueira até que, inesperadamente, uma mensagem no telefone:
“OI EXTERMINADORA DE PORTÃO! OUTROS IMPREVISTOS, VAMOS PEDALAR À TARDE. 1H NA AMERICANA. NOVA TRILHA, 2H30 DE PEDAL. VOCÊ ACREDITA? BEIJOS * * TAVARES
Que delícia. O dia não está tão perdido assim. Então, planos refeitos, 1h estava lá. O passeio prometia, “prometia”, ser leve. Mas, na companhia do Tavares, é sempre aconselhável preparar-se para algo mais.
No meio do caminho, ainda no asfalto, ao longe estava o Amorim; aliás, NOVE quilos mais magro. Trabalhando, só restou a ele ver aquelas três figurinhas passarem pela avenida.
Eu, Tavares e Pinho - “os bandeirantes” - contornando a lagoa. Uma trilha sombreada, os reflexos do sol sob as águas calmas... paisagem de cinema. Isso, claro, seu eu pudesse olhar. Por que a uma certa altura, as “emoções” do caminho, aquelas que o Tavares sempre “esquece” de mencionar, começaram a surgir.
“Agora vai começar a parte técnica”, disse. Maneira otimista de dizer: “agora vem a pior parte”.
A “técnica” se resumia a trechos, trechos e mais trechos de areia... fofa... muito fofa! Levando-se em consideração que de manhãzinha já havia corrido 10km, a areia realmente estava muuuuuuuuuito fofa. Então, nessas condições, ou olhava pro percurso ou pra paisagem.
A grande diferença entre pedalar no asfalto e no barro (ou areia) são as intempéries do caminho e a depender das companhias as emoções podem ter proporções maiores. Uma coisa é certa, eu e Pinho juntos é indício de acidente na certa. “Precisamos rever nossa relação”.
Além dos riscos da mistura Pinho e Fabí, entre os obstáculos do caminho... algumas – muitas – porteiras, bois, “vacas mijonas”, galinhas, cachorros e até um peru.
Ainda sobre os detalhes que nosso navegador não havia informado... um córrego, sem ponte ou qualquer coisa do gênero.
Fabí: E aí qual é a opção?
Tavares: “Atravessa sem parar de pedalar”.
Fabí: Como assim?
Não estava programado barro. Minha camisa branquinha... meu tênis... minha bicicleta... e minhas unhas? Sim, por que, embora às vezes eles esqueçam que eu sou mulher, essas coisas passam pela minha cabeça.
Mas, quem tá na chuva é pra se molhar e não vale atrapalhar a aventura dos outros.
Passamos um, passamos dois, três córregos e muitos areões. Aonde tudo ia dar? Dizia o Tavares que um rio.
Pra tirar a dúvida, a parada numa fazenda. “O rio fica muito longe daqui?” Pergunta Tavares para uma senhora franzina. “Fica depois da outra fazenda”, responde. Ele ainda insiste... “de bicicleta, dá quantos minutos”. “Ah! E logo aliiii”.
O problema é que o “ali” de quem mora no interior tem proporções diferentes de quem vive na “capitar”.
Mais alguns minutos... depois de 1h45 de pedal... a melhor alternativa foi voltar para tentar evitar a estrada à noite.
Meu Deus! Toda aquela areia de volta! Pinho, já exausto do areão, resolveu desbravar o mato. Não bastando um, Tavares e eu, inteligentemente, seguimos logo atrás.
Onde vamos parar? Eles eu não sabia... nem mesmo os via. Mas eu? No chão! Como uma jaca! Pra amortecer a queda... palhas, tiriricas e pedaços de troco de coqueiro.
Fabrícia? Fabrícia? O Tavares, preocupado, tentava saber se eu estava inteira... mas não consegui responder... apenas rir.
A essa altura... a batida no portão já não importava mais. Depois de tudo, pra compensar tanta trapalhada, um pôr-do-sol maravilhoso... já bem longe daquele areão. Ou quase, porque na verdade estava coberta de areia da cabeça aos pés, misturado a suor e aquela sensação de que um trator havia passado sobre mim.
Mas, é um sofrimento gostoso. Se é que alguém pode entender isso. De chato mesmo só a notícia de que o “figurinha” que eu tava de olho tem namorada.
Ah! E claro, chato também foi a ausência dos outros mosqueteiros... Marcelinho, Ismael, o "Super Amorim" - NOVE quilos mais magro.
Em casa, 40 minutos de banho e rua novamente. No Divina Gula as amigas me esperavam.. ou pelo menos, o que havia restado de mim. De lá... Alecrim e depois, Bali.
O carro? Dormiu na rua, bem longe do portão.
Pinho: Meu irmão... o que é isso? Eu não consigo pensar em outra coisa que não seja comida!
“Meu domingo tá acabado”. Não pelo carro, que ficou inteiro, mas pela sensação de ser uma porcaria. Como alguém, sóbria, consegue acertar o portão da própria casa?
Providência do dia: desmarcar a trilha com o Tavares e esperar que Seu Gerson venha consertar o estrago do portão.
Fazer o que? Ler um livro, abrir os mails, dar uns telefonemas... esperar o tempo passar. Tudo na mais tranqüila normalidade domingueira até que, inesperadamente, uma mensagem no telefone:
“OI EXTERMINADORA DE PORTÃO! OUTROS IMPREVISTOS, VAMOS PEDALAR À TARDE. 1H NA AMERICANA. NOVA TRILHA, 2H30 DE PEDAL. VOCÊ ACREDITA? BEIJOS * * TAVARES
Que delícia. O dia não está tão perdido assim. Então, planos refeitos, 1h estava lá. O passeio prometia, “prometia”, ser leve. Mas, na companhia do Tavares, é sempre aconselhável preparar-se para algo mais.
No meio do caminho, ainda no asfalto, ao longe estava o Amorim; aliás, NOVE quilos mais magro. Trabalhando, só restou a ele ver aquelas três figurinhas passarem pela avenida.
Eu, Tavares e Pinho - “os bandeirantes” - contornando a lagoa. Uma trilha sombreada, os reflexos do sol sob as águas calmas... paisagem de cinema. Isso, claro, seu eu pudesse olhar. Por que a uma certa altura, as “emoções” do caminho, aquelas que o Tavares sempre “esquece” de mencionar, começaram a surgir.
“Agora vai começar a parte técnica”, disse. Maneira otimista de dizer: “agora vem a pior parte”.
A “técnica” se resumia a trechos, trechos e mais trechos de areia... fofa... muito fofa! Levando-se em consideração que de manhãzinha já havia corrido 10km, a areia realmente estava muuuuuuuuuito fofa. Então, nessas condições, ou olhava pro percurso ou pra paisagem.
A grande diferença entre pedalar no asfalto e no barro (ou areia) são as intempéries do caminho e a depender das companhias as emoções podem ter proporções maiores. Uma coisa é certa, eu e Pinho juntos é indício de acidente na certa. “Precisamos rever nossa relação”.
Além dos riscos da mistura Pinho e Fabí, entre os obstáculos do caminho... algumas – muitas – porteiras, bois, “vacas mijonas”, galinhas, cachorros e até um peru.
Ainda sobre os detalhes que nosso navegador não havia informado... um córrego, sem ponte ou qualquer coisa do gênero.
Fabí: E aí qual é a opção?
Tavares: “Atravessa sem parar de pedalar”.
Fabí: Como assim?
Não estava programado barro. Minha camisa branquinha... meu tênis... minha bicicleta... e minhas unhas? Sim, por que, embora às vezes eles esqueçam que eu sou mulher, essas coisas passam pela minha cabeça.
Mas, quem tá na chuva é pra se molhar e não vale atrapalhar a aventura dos outros.
Passamos um, passamos dois, três córregos e muitos areões. Aonde tudo ia dar? Dizia o Tavares que um rio.
Pra tirar a dúvida, a parada numa fazenda. “O rio fica muito longe daqui?” Pergunta Tavares para uma senhora franzina. “Fica depois da outra fazenda”, responde. Ele ainda insiste... “de bicicleta, dá quantos minutos”. “Ah! E logo aliiii”.
O problema é que o “ali” de quem mora no interior tem proporções diferentes de quem vive na “capitar”.
Mais alguns minutos... depois de 1h45 de pedal... a melhor alternativa foi voltar para tentar evitar a estrada à noite.
Meu Deus! Toda aquela areia de volta! Pinho, já exausto do areão, resolveu desbravar o mato. Não bastando um, Tavares e eu, inteligentemente, seguimos logo atrás.
Onde vamos parar? Eles eu não sabia... nem mesmo os via. Mas eu? No chão! Como uma jaca! Pra amortecer a queda... palhas, tiriricas e pedaços de troco de coqueiro.
Fabrícia? Fabrícia? O Tavares, preocupado, tentava saber se eu estava inteira... mas não consegui responder... apenas rir.
A essa altura... a batida no portão já não importava mais. Depois de tudo, pra compensar tanta trapalhada, um pôr-do-sol maravilhoso... já bem longe daquele areão. Ou quase, porque na verdade estava coberta de areia da cabeça aos pés, misturado a suor e aquela sensação de que um trator havia passado sobre mim.
Mas, é um sofrimento gostoso. Se é que alguém pode entender isso. De chato mesmo só a notícia de que o “figurinha” que eu tava de olho tem namorada.
Ah! E claro, chato também foi a ausência dos outros mosqueteiros... Marcelinho, Ismael, o "Super Amorim" - NOVE quilos mais magro.
Em casa, 40 minutos de banho e rua novamente. No Divina Gula as amigas me esperavam.. ou pelo menos, o que havia restado de mim. De lá... Alecrim e depois, Bali.
O carro? Dormiu na rua, bem longe do portão.
Pinho: Meu irmão... o que é isso? Eu não consigo pensar em outra coisa que não seja comida!
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